(8/11/2018)

DIÁRIO CATARINENSE – CAPA

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Governador eleito de SC confirma equipe de transição
O governador eleito Carlos Moisés da Silva (PSL) anunciou nesta quarta-feira os 11 indicados que vão formar oficialmente a equipe de transição do governo de Santa Catarina. O grupo terá a coordenação do professor Luiz Felipe Ferreira, do departamento de Ciências Contábeis da UFSC. Os nomes serão publicados ainda nesta quarta-feira no Diário Oficial do Estado (veja lista abaixo).
Moisés anunciou ter escolhido uma equipe técnica para conduzir o processo, destacando que há um caráter de multidisciplinaridade nos escolhidos.
—O importante é que a gente possa receber essas informações e trabalhar esses dados para ter um radiograma dentro da administração pública. É preciso mostrar o que a gente tem e as soluções para os problemas eventualmente detectados — disse o governador eleito.
Na visão do coordenador do processo de transição, professor Luiz Felipe Ferreira, essa etapa da transição foca principalmente na questão financeira e na dívida ativa do Estado.
—As informações são as mais amplas possíveis e agora tem um trabalho de consolidação desses dados. O que pode ser visto até o momento é que o futuro governador tem um grande compromisso frente às contas públicas — afirmou Ferreira.
Área de atuação dos membros da transição:

Luiz Felipe Ferreira – Contábil/Financeira
Professor do departamento de Ciências Contábeis da UFSC. Vai coordenar o grupo de transição.

Fabiano Ramalho – Jurídico/Compliance
Advogado, fundador e diretor na primeira gestão do Observatório Social de Florianópolis.

Marcelo Haendchen Dutra – Contábil/Financeira
Professor do departamento de Ciências Contábeis da Universidade Federal de Santa Catarina.

Valdez Rodrigues Venâncio – Militar
Coronel da reserva da Polícia Militar. Ex-comandante do Batalhão da PM Ambiental de SC e ex-chefe da Casa Militar da Alesc.

André Pinheiro de Oliveira – Auditor
Servidor da Secretaria de Estado da Fazenda, lotado na Diretoria de Auditoria Geral. Exerce função de coordenação do Observatório da Despesa Pública.

Naiara Czarnobai Augusto – MPSC
Graduada em direito. Servidora do Ministério Público de Santa Catarina, com atuação no Centro de Apoio Técnico do MP-SC.

Jorge Eduardo Tasca – Militar
Tenente-coronel da Polícia Militar, lotado no Centro de Inovação da PM, responsável por inovação tecnológica, projetos e processos.

Wanderlei Pereira das Neves – Auditor
Servidor da Secretaria de Estado da Fazenda, lotado na Diretoria de Captação de Recursos e da Dívida Pública. Exerce função de direção de captação de recursos e da dívida pública.

Iara Costa Leite – Professora de Relações Internacionais
Doutora em ciência política, professora do Departamento de Economia e Relações Internacionais da Universidade Federal de Santa Catarina.

Queila de Araújo Duarte – Procuradora do Estado
Procuradora do Estado, com especialização em Direito Processual Civil pela Universidade Federal de Santa Catarina.

Luis Augusto Araujo – Engenheiro Agrônomo
Servidor da Epagri, mestre em economia aplicada, analista de Socioeconomia e Desenvolvimento Rural do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Cepa) da Epagri.


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Link para ouvir a entrevista:
http://cbndiario.clicrbs.com.br/sc/noticia-aberta/proximo-governo-tera-que-resolver–em-curto-prazo–divida-de-r1-5-bi-com-os-precatorios-212755.html


DIÁRIO CATARINENSE

Senado aprova reajuste de 16,38% a ministros do STF
O reajuste de 16,38% nos salários dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) foi aprovado na tarde desta quarta-feira (7) no plenário do Senado, por 41 votos a 16. A proposta segue agora para a sanção do presidente Michel Temer.
O impacto estimado do aumento é de R$ 2,77 milhões para o STF e de R$ 717,1 milhões para o Poder Judiciário. O subsídio dos magistrados passará de R$ 33,7 mil para R$ 39,3 mil, e estará aberta a porta para os desdobramentos.
Poderá haver reflexos no Judiciário, Executivo, Legislativo e Ministério Público, além dos Tribunais de Contas e das Defensorias Públicas.
Se considerado o “efeito cascata” nos demais poderes e também nas unidades da federação, as despesas totais com salários de servidores públicos de todo o país podem aumentar em até R$ 4 bilhões, segundo projeções de técnicos da Câmara dos Deputados e do Senado.
Segundo o senador Fernando Bezerra (MDB-PE), durante leitura de parecer no plenário da Casa, o presidente do STF, Dias Toffoli, se compromete a acabar com o auxílio-moradia. Isso, disse ele, diminuiria o impacto nas contas públicas.
— Levando em consideração a situação remuneratória dos membros do STF e da magistratura federal, que já estão há vários anos sem recomposição de seus subsídios, consideramos que o projeto deve ser aprovado — pontuou Bezerra, ao ler seu parecer. Bezerra foi designado relator pelo presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), que articulou nos bastidores para votar ontem os projetos.
Mais cedo, nesta quarta, o presidente eleito Jair Bolsonaro mostrou contrariedade com a proposta de reajuste.
— Obviamente que não é o momento. O que está em jogo é o futuro do Brasil. Vejo com preocupação. Estamos todos no mesmo barco — disse Bolsonaro ao deixar reunião com o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Nivaldo Rossato.
Leia também: O que pensam os senadores de SC sobre o possível reajuste salarial para ministros do STF
Articulações
Durante toda a tarde, integrantes de entidades ligadas a magistrados peregrinaram pelos gabinetes dos senadores. Na tentativa de sensibilizar os parlamentares, os servidores lembraram do acordo fechado entre os presidentes da República, Michel Temer, e do STF, Dias Toffoli, atrelando o aumento à restrição do auxílio-moradia, um dos benefícios do Judiciário mais criticados por parlamentares.
Toffoli utilizou o argumento em uma conversa com a senadora Ana Amélia Lemos (PP-RS), nesta quarta-feira (7), durante almoço na Embaixada do Chile. Inicialmente contrária ao texto, a parlamentar preferiu não votar, embora estivesse no plenário.
Aprovado em 2016 pela Câmara dos Deputados, o tema estava parado desde então na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado. O então relator, Ricardo Ferraço (PSDB-ES), havia emitido parecer contrário ao aumento.
Durante a votação, ele protestou na tribuna contra a apreciação da matéria, advertindo que o rombo poderá chegar a R$ 6 bilhões, na projeção de consultores do Senado, devido ao efeito cascata.
A votação do projeto foi articulada pelo presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), que garantiu a aprovação de um pedido de urgência da matéria na noite de terça-feira, no mesmo dia em que participou de uma reunião com o presidente do STF.
Oposição faz coro às críticas
Senadores afirmaram que foram pegos de surpresa com a manobra. Apesar da expectativa de embates no futuro governo, a oposição fez coro às críticas de Bolsonaro.— É inadequado, anacrônico, antagônico à realidade do Brasil atual. Há Estados quebrados, muitas categorias de servidores públicos com arrocho salarial — criticou Randolfe Rodrigues (Rede-AP), destacando que, apesar de concordar sobre o tema com o futuro presidente, será oposição ao novo governo.
Entre os senadores que foram à tribuna defender o aumento, estavam Renan Calheiros (MDB-AL) e Romero Jucá (MDB-RR), que elogiaram Eunício pela “coragem” em pautar o tema. Jucá defendeu que a medida não cria novos gastos para a União, mas garante a independência no uso dos recursos encaminhado ao Judiciário.
— O teto será cumprido. Não estamos aqui discutindo aumento de gasto do Poder Judiciário — disse.

Bolsonaro diz que vai incorporar Ministério do Trabalho a outra pasta
O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) afirmou, nesta quarta-feira (7), que o Ministério do Trabalho será extinto e suas atribuições serão incorporadas a outra pasta, sem entrar em detalhes.
— O Ministério do Trabalho vai ser incorporado a algum ministério — afirmou.
Bolsonaro deu a declaração após cumprir agenda no Superior Tribunal de Justiça (STJ) com o juiz Sérgio Moro, seu futuro ministro da Justiça.
Em meio às especulações sobre a incorporação, a assessoria de imprensa do ministério divulgou nota na terça-feira (6) na qual afirma que a pasta é “seguramente capaz de coordenar as forças produtivas” a fim de “buscar o pleno emprego e a melhoria da qualidade de vida dos brasileiros”.


ANDERSON SILVA

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UPIARA BOSCHI
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MOACIR PEREIRA
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ESTELA BENETTI

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CONSULTOR JURÍDICO

OAB afirma que decisão do TCU sobre fiscalização de contas não tem validade constitucional
Tribunal decidiu que a Ordem deve submeter suas contas à fiscalização do órgão.
O presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia, afirmou que a decisão do TCU de que a Ordem deve submeter suas contas à fiscalização do órgão não se sobrepõe ao julgamento do STF, logo “não possui validade constitucional”.
A decisão do Tribunal se deu nesta quarta-feira, 7, e vale vale para 2020, ou seja, em 2021 serão fiscalizadas as contas do ano anterior. O entendimento unânime da Corte foi a partir do voto do relator, ministro Bruno Dantas. Ele enfatizou que o momento atual é de uma sociedade que exige cada vez mais a transparência das instituições.
Lamachia alerta, contudo, que o STF, na ADIn 3026, decidiu que OAB não integra a administração pública nem se sujeita ao controle dela, não estando, portanto, obrigada a ser submetida ao TCU.
Veja a íntegra da nota:
A decisão administrativa do Tribunal de Contas da União não se sobrepõe ao julgamento do Supremo Tribunal Federal. Na ADI 3026/DF, o plenário do STF afirmou que a Ordem dos Advogados do Brasil não integra a administração pública nem se sujeita ao controle dela, não estando, portanto, obrigada a ser submetida ao TCU.
A OAB concorda com a posição do Ministério Público junto ao TCU, para quem uma eventual decisão do órgão de contas no sentido de rever a matéria significa o descumprimento do julgado do STF.
A OAB, que não é órgão público, já investe recursos próprios em auditoria, controle e fiscalização, sendo juridicamente incompatível gastar recursos públicos, hoje tão escassos, para essa finalidade. A decisão do TCU não cassa decisão do STF, logo não possui validade constitucional.
CLAUDIO LAMACHIA
Presidente nacional da OAB