28/8/2017

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

DIÁRIO CATARINENSE

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MOACIR PEREIRA

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COLUNA ROBERTO AZEVEDO

Para auxiliar
OAB e Defensoria Pública do Estado voltam a se reunir, nesta segunda, para analisar o importante credenciamento de advogados para atuarem no atendimento gratuito aos catarinenses que não têm condição financeira para pagar um profissional em demandas judiciais. A busca do caminho da conciliação para se chegar a um acordo foi dado neste encontro registrado na foto entre o presidente da seccional da Ordem no Estado, Paulo Brincas, e o defensor-geral público do Estado, Ralf Zimmer Junior, que acertaram a criação de uma comissão para na analisar o assunto que interessa a toda sociedade. Foi depois que a Defensoria Pública estabeleceu regras para o credenciamento.

CONSULTOR JURÍDICO

Amigo de Moro intermediou negociação de delação premiada com o MPF, diz advogado
O advogado Rodrigo Tacla Duran, que trabalhou para a Odebrecht de 2011 a 2016, acusa o advogado trabalhista Carlos Zucolotto Junior, amigo e padrinho de casamento do juiz Sergio Moro, de intermediar negociações paralelas dele com membros do Ministério Público Federal que trabalham na operação “lava jato”.
As conversas costumam ser sobre abrandamento de penas e diminuição da multa que o ex-advogado da empreiteira deveria pagar em um acordo de delação premiada, segundo reportagem da jornalista Mônica Bergamo publicada na edição deste domingo (27/8) do jornal Folha de S.Paulo.
Em troca, segundo Duran, Zucolotto seria pago por meio de caixa dois. O dinheiro serviria para “cuidar” das pessoas que o ajudariam na negociação, segundo correspondência entre os dois que o ex-advogado da Odebrecht diz ter guardado. Tacla Duran deve lançar um livro em outubro deste ano contando a história.
Segundo a narração de Duran, as negociações aconteceram pelo Wickr, aplicativo que criptografa o conteúdo da comunicação e destroi as mensagens enviadas. Zucolotto nega as acusações e afirma que nunca se encontrou nem conversou com Duran. Diz ainda que não utilizava o aplicativo.
A mulher do titular de Sergio Moro, Rosangela, já foi sócia do escritório de Zucolotto. O advogado defende também o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, que faz parte da força-tarefa da “lava jato”, em ação trabalhista que tramita no Superior Tribunal de Justiça.
Tacla Duran foi acusado de lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa pelo Ministério Público Federal. O advogado tentou fazer delação premiada, mas as negociações fracassaram, diz, porque ele se recusou a admitir crimes que não havia cometido. Atualmente, Duran mora na Espanha e é considerado foragido da Justiça. Moro decretou a prisão dele, que foi detido no país europeu em novembro de 2016, mas libertado em janeiro deste ano. O advogado tem dupla cidadania. O governo brasileiro já pediu a sua extradição, mas a Espanha negou.
O advogado afirma que tratou das investigações da “lava jato” com Zucolotto entre março e abril de 2016, de acordo com a reportagem da Folha. O escritório do advogado atuava havia dois anos como correspondente da banca Tacla Duran Advogados Associados, no acompanhamento de audiências trabalhistas e execuções fiscais.
Procurado pela reportagem do jornal, Moro defendeu, por meio de nota, o amigo. Ele disse ser “lamentável que a palavra de um acusado foragido da Justiça brasileira seja utilizada para levantar suspeitas infundadas sobre a atuação da Justiça”.
“A alegação de Rodrigo Tacla Duran de que Carlos Zucolotto teria prestado alguma espécie de serviço junto à força-tarefa da Lava Jato ou qualquer serviço relacionado à advocacia criminal é falsa”, disse o magistrado. “O sr. Carlos Zucolotto atua na área trabalhista e jamais advogou em matéria criminal”, disse Moro.
Em nota ao site Antagonista, Moro disse que o relato de Duran é falso e que ele não apresentou quaisquer provas a respeito do que alega. “Lamenta-se o crédito dado pela jornalista ao relato falso de um acusado foragido”, escreveu o juiz.
Moro afirmou ainda que sua mulher, Rosangela, participou “de uma sociedade de advogados” com Zucolotto, mas “sem comunhão de trabalho ou de honorários”. Segundo ele, Rosangela “jamais trabalhou em processos do escritório do sr. Carlos Zucolotto e vice-versa”.