27/11/2017

UPIARA BOSCHI

DC2711AAAAAAAAAAA

 RAFAEL MARTINI

DC2711BBBB

 MOACIR PEREIRA

DC2711CCCCCCCC

 NOTÍCIAS DO DIA

DC2711DDDDDDD

 RAUL SARTORI

Diferença salarial
Levantamento do Ministério do Trabalho mostra que SC, depois de São Paulo e Rio de Janeiro, é o Estado onde o salário médio das mulheres é inferior ao dos homens. Aqui é de 80,4%. Em São Paulo é de 80,1% e Rio de 80,2%. A menor desigualdade está no Distrito Federal, 98,6%.

BLOG DO PRISCO

Presidência
Os números do Mapa para presidente confirmam a liderança de Jair Bolsonaro em Santa Catarina, com 29% das intenções dos pesquisados. É seguido, de forma surpreendente, por Lula da Silva, que fica com 20,4%. Na sequência, aparecem na pesquisa os nomes de Geraldo Alckmin (8%), Marina Silva (7,7%) e Alvaro Dias (7%). Quando o nome do ex-metalúrgico não aparece, Bolsonaro chega a 30,3% e Marina Silva sobre para segundo, com 11,5%. Alckmin teria 10% e Ciro Gomes, 8,2%.

Senado
Raimundo Colombo lidera as intenções de votos para o Senado. Tem 19,7% da preferência. É seguido de perto por Amin, que alcança 16,8% dos ouvidos pelo Mapa. Na sequência, vêm Paulo Bauer, Paulo Bornhausen, Jorginho Mello e Luciano Hang, todos com um dígito na pesquisa.

Observações
Chamam a atenção na pesquisa os números do PT. Tanto Lula da Silva como Décio Lima têm índices que destoam das projeções de bastidores em função do brutal desgaste do PT no contexto da corrupção nacional. O deputado federal vai consolidando seu nome no cenário sucessório estadual.

Rejeição
Por outro lado, os dois petistas – Lula da Silva e Décio Lima – têm a maior rejeição. O ex-metalúrgico acumula 62,1% de entrevistados que não votariam nele de jeito nenhum. Já Décio Lima tem rejeição de 32,6%. Boa parte deste índice, dá para arriscar, é o ônus que Décio carrega por seguir filiado e presidindo o PT em Santa Catarina. Depois do petista catarinense, Esperidião Amin é o que tem a maior rejeição (30,7%).

PORTAL MIGALHAS

Advogados criticam reportagem da Veja que retrata classe como milionários
A edição desta semana da revista Veja, intitulada “Os novos ricos da Lava Jato”, traz na capa um retrato do advogado Adriano Bretas, com um charuto cubano. A magazine conta a história dos advogados que “estão ganhando furtunas” para defender empresários e políticos acusados de corrupção, produzindo “uma nova casta de milionários”.Sobre a publicação, advogados emitiram notas públicas repudiando sobre o posicionamento da revista. Leia abaixo.
______________

NOTA PÚBLICA
Sobre a matéria de capa da Revista VEJA desta semana, venho a público esclarecer:
1. Efetivamente fui entrevistado, mas o enfoque original da matéria era diametralmente oposto ao que foi publicado. Tratava-se de uma reportagem sobre as trajetórias profissionais e históricos de vida de advogados atuantes na operação Lava Jato. Infelizmente, este enfoque não foi o publicado.
2. Jamais adentrei em temas que envolvem sigilo profissional, como a questão de honorários. Com relação ao meu escritório, posso afirmar que os valores lá mencionados se afastam totalmente da realidade; são especulativos e superestimados.
3. Aceitei tirar algumas fotos para a Revista. Depois de algumas fotografias, na biblioteca do escritório, acendi um charuto, como faço habitualmente, no final do expediente. Nesse contexto, o fotógrafo captou, num momento de descontração, algumas imagens que, infelizmente, acabaram por ilustrar a matéria.
4. Lamento o enfoque materialista da reportagem que, além de desprezar todos os atributos técnicos que possuem os advogados, faz parecer falsamente à sociedade que esses profissionais têm boa vida e se enriquecem com o dinheiro do crime. Lamento ainda que minha foto e meu nome tenham sido utilizados com esse intento. Esse discurso maldoso é cada vez mais repetido por aqueles que fingem não entender a difícil e indispensável missão de defender alguém com zelo, responsabilidade e ética.
5. Esclareço, finalmente, que, entre outras incongruências contidas na matéria, meu escritório não é “gigante”, não sou rico, nem filho único.
Curitiba, 24 de novembro de 2017.
Adriano Bretas

______________

NOTA PÚBLICA
É com profundos pesar e surpresa que lemos a matéria da Veja desta semana.
Geralmente, quem opta por exercer a advocacia criminal o faz por vocação, por dom, por reconhecer a necessidade de proteger o direito de defesa contra os abusos praticados pelo Estado.
Quem opta por exercer a advocacia criminal por vocação, executa hercúlea tarefa, é verdade, mas não o faz com fins ascensionistas, com objetivo de se aproveitar da desgraça humana.
Aliás, a grande maioria dos colegas, assim como este subscritor, se dedicam diuturnamente à realização de trabalho voluntário, com o mesmo afinco com que se dedicam aos clientes que pagam honorários. Vemos o direito penal como paixão e não como meio de obtenção de lucro fácil.
Nós, criminalistas por vocação, passamos dias de nossas vidas em presídios, ou em tribunais do júri, bem longe dos cenários de colarinho branco, defendendo pessoas de baixa renda e bem longe de qualquer universo de luxo e de realeza.
E mais. Incontáveis vezes abdicamos de nossas vidas pessoais, do convívio com nossos filhos e amigos, para resolver o maior problema da vida de seus clientes: a privação ou risco da privação de liberdade, inúmeras vezes injusta. Vivemos diretamente às agruras e limitações que o processo penal gera aos envolvidos.
E, aqui, quando falamos em “envolvidos”, não estamos falando apenas de réus. Falamos também das vítimas, e das famílias de ambos, que muitas vezes suportam na pele as consequências nefastas de tudo isso: o suposto crime, as consequências do crime, o castigo, a medida justa ou injusta do castigo, o cárcere, a penúria.
Quem opta, por vocação, trabalhar nesse cenário, assiste a coisas tristes, exageradas, e injustas. Seja de um lado, ou de outro, seja do ângulo de acusação, ou de defesa. E mesmo diante disso, continua a exercer a profissão mesmo que ela cause muitas limitações pessoais.
Não, senhores. O processo penal não traz beleza, luxo e conforto a ninguém.
Criminalistas por vocação, não são os que agradecem a desgraça alheia como moeda de troca para satisfação de sua ganância.
Ao contrário, são os que lutam para que o Estado Democrático de Direito seja respeitado, independentemente do valor dos honorários ou da completa ausência deles.
São aqueles que não veem a profissão como mercantilismo puro mas que, paradoxalmente, entendem que somente ocuparão a verdadeira realeza no dia em que esta profissão se tornar obsoleta.
Roberto Podval

Matéria na íntegra.