DIÁRIO CATARINENSE
Ave de Rapina – As revelações dos materiais apreendidos
Itens encontrados pela PF ampliaram as provas contra suposto esquema de corrupção na prefeitura de Florianópolis
Computadores, celulares, pendrives, contratos suspeitos de compra e venda imobiliária e documentos digitais ou impressos formam a maior parte dos materiais apreendidos na Operação Ave de Rapina.
De acordo com o inquérito da Polícia Federal (PF), ao todo 98 objetos compõem os principais itens submetidos à perícia e análise técnica e que serviram para ampliar o conjunto de provas contra vereadores, servidores públicos e empresários suspeitos de participarem de esquema de corrupção na Capital.
Na manhã do dia 12 de novembro, data em que a operação foi deflagrada, 30 equipes da PF cumpriram 36 mandados de busca e apreensão em SC e no Rio Grande do Sul. Foram vasculhadas 23 residências, nove empresas, dois gabinetes de vereadores, além da Prefeitura, da Fundação Franklin Cascaes e do Instituto de Planejamento Urbano (Ipuf) de Florianópolis.
Por volta das 8h, uma equipe chegou à casa do vereador Cesar Faria (PSD). Os agentes apreenderam duas páginas com o título “nomeações de Secretaria de Segurança”, além de um papel com um número de telefone anotado à mão de outro membro do suposto esquema. Já da casa do ex-diretor do Ipuf Adriano João de Melo, foram levados documentos envolvendo a Kopp e a Focalle, as principais empresas suspeitas de fraudes em licitação para fiscalização de trânsito em Florianópolis.
PAULO ALCEU
Rombo previsto
Um trabalho minucioso e cuidadoso foi elaborado pelo Iprev e encaminhado pelo superintendente Adriano Zanotto ao governador onde ficou claro que esse passado, que em 2014 provocará um déficit de R$ 2,6 bilhões, só será totalmente zerado em 2079. Além disso, medidas importantes deverão ser elaboradas para suportar esse rombo. Entre essas medidas estão a criação de uma loteria estadual e de um Fundo de Pensão, além de produzir mais recursos para fazer frente as despesas. Uma tentativa foi os royalties do petróleo, mas não deu certo. Como frisou Zanotto, nada de novo, mas fundamental para prevenir o futuro estabelecendo um cultura previdenciária no serviço público, com benefícios bem definidos. Até porque atualmente se aposenta com o último salário não interessando quanto contribuiu, uma benesse favorável a rombos. Para Zanotto a contribuição ditaria o benefício, o que é o mais correto. . A aprovação em 2008 do regime próprio de Previdência Social do Estado foi um passo importante para prevenir para o futuro. Já em caixa R$ 400 milhões, mas paralelo a isso o déficit se matem. Só este ano em relação ao ano passado aumento em R$ 2 billhões. Ou seja, o Iprev é uma bomba acionada de forma permanente, com uma situação de perigo, que diante dos dados tem, inclusive, data para explodir: 2020.
COLUNA RAÚL SARTORI
Sem anistia
Está na pauta de julgamentos do Supremo Tribunal Federal uma ação direta de inconstitucionalidade do governo de SC contra a lei
12.191/2010, que concedeu anistia a policiais e bombeiros militares do Estado punidos por participar de movimentos reivindicatórios. O Executivo sustenta que a norma ofende a proibição constitucional quanto à sindicalização e greve de servidores militares.
SITE OAB/SC
Advogado que teve palavra cassada é desagravado
O Conselho Pleno da OAB/SC aprovou Desagravo Público ao advogado Murilo Gouvêa dos Reis, que teve a palavra cassada no exercício da profissão e foi retirado à força do recinto judicial pela juíza do Trabalho Ana Letícia Moreira Rick. O fato ocorreu no dia 16/07/2012, nas dependências do Poder Judiciário, na presença do cliente, da parte adversa, de colegas, de serventuários e de terceiros. Segundo o presidente da OAB/SC, Tullo Cavallazzi Filho, “ter a palavra cassada é algo inadmissível para um advogado, que tem essa prerrogativa assegurada por Lei Federal”. O presidente da entidade também lamentou a determinação da Magistrada de mandar retirar à força o advogado das dependências judiciais. “Foi um ato desproporcional e desarrazoado”, disse.